A internet está cada dia mais indispensável no cotidiano de todos, e agora podemos estar caminhando para uma nova fase dela: a tecnologia Web3, que é uma novidade que está chegando com o objetivo de ser mais aberta e transparente do que a tecnologia atual, e tem ganhado cada vez mais espaço. Contudo, ainda necessita ultrapassar alguns desafios para substituir a internet da forma que conhecemos hoje.
Para entender melhor esta nova fase da internet, é preciso primeiro entender as fases anteriores: a web1 e a web2. Há pouco mais de trinta anos, a internet começou a se popularizar e tornar-se uma excelente ferramenta para a comunicação, comércio, entretenimento, e muitas outras coisas.
Tecnologia Web3, entenda agora:
Na Web1, o objetivo era a distribuição de informações pela rede mundial de computadores através de conteúdos simples, somente com texto, e funções básicas, apenas com a possibilidade de fazer pesquisas e leitura de conteúdos. Nessa época, poucas pessoas tinham acesso à internet, a conexão era bem mais lenta, e os computadores possuíam um desempenho limitado em comparação com os de hoje.
Do começo deste século para os dias atuais, os avanços tecnológicos possibilitaram a criação de novos serviços e plataformas de comunicação – como blogs, salas de bate-papo e redes sociais.
Com o impulsionamento dado pelo surgimento das redes sociais, a Internet passou a focar mais nos conteúdos publicados online, e a partir desse momento, os internautas poderiam não só ter acesso, como também produzir conteúdos, e isso resultou na Web2.
E a união destas duas fases, ocasiona na tecnologia Web3, a próxima geração da web. A proposta da Web3, é unir o que há de melhor nas versões anteriores, descentralizando os conteúdos criados pelos usuários.
A tecnologia Web3 vem com a proposta de descentralização, na qual o controle dos dados seria devolvido aos usuários, ao invés de mantê-los nas mãos de grandes empresas, como: Google, Meta, Microsoft, entre outras.
E isso será possibilitado através dos registros das ações através das “Blockchain”, que é uma nova modalidade de banco de dados, e permitirá uma conexão criptografada e descentralizada.
O poder do usuário e a tecnologia Web3
De acordo com o diretor executivo da R2U (empresa que oferece soluções de realidade virtual), a ideia principal é conceder poder ao usuário, almejando que nenhuma empresa seja dona de nada, os usuários sejam donos de tudo e possam usar os seus dados como e onde quiserem.
Ao falar-se sobre a tecnologia web3, outra palavra que aparece muito é “NFT”. Os ‘NFT’ são tokens não fungíveis e representam algo único. A palavra fungível não é comum de ser escutada ou citada, mas basicamente significa algo que pode ser substituído por algo que represente o mesmo valor, como funciona com as notas de dinheiro, por exemplo.
Explicando melhor: você poderia trocar uma nota de 10 reais por outra igual, com o mesmo valor (fungível), mas não poderia, por exemplo, trocar a Mona Lisa original por uma cópia idêntica, por que não teria o mesmo valor (não fungível).
Portanto, a NFT possui o objetivo de tentar resolver as questões de propriedade da internet. Da mesma forma que você pode ter uma casa e documentos que comprovem que é sua, você pode ter artigos digitais exclusivos e que são unicamente seus. Pode ser algo tão simples como a pintura de uma fruta ou uma grande obra-prima de milhares de anos.
A diferença importante a entender é que: ao possuir um NFT, você possui um token referente a algo representado na Internet, não ao objeto físico em si. Ou seja, você possui um código e um contrato assinado virtualmente entre duas ou mais partes.
Deste modo, artes, fotos ou textos postados em redes sociais se tornam propriedade do usuário. Após o cadastro em forma de NFT, esses bens podem ser vendidos para outros usuários ou levados para outras partes da rede, sem se limitar às plataformas onde foram criados.
Na tecnologia Web3, as plataformas e aplicativos
Na tecnologia Web3, as plataformas e aplicativos criados nela, seriam administrados pelos próprios usuários, que receberiam uma contribuição financeira para ajudar a manter e desenvolver estas aplicações, sem precisar recorrer às grandes empresas de tecnologia.
A tecnologia web3 está conectada ao metaverso, como é chamada a integração entre os mundos virtual e real. O termo tem se popularizado desde o ano passado, após a modificação do nome do Facebook para Meta, com o objetivo de torná-la uma empresa de metaverso. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, entende que a natureza do metaverso será fragmentada, como na web3.
E de acordo com o especialista Colin Evran, a tecnologia Web3 mudará toda a estrutura da internet, e “permitirá que os usuários acessem diversos bancos de dados em todo o mundo e tenham a possibilidade de escolher quem armazena seus dados e como”.
Portanto, ao entregar aos usuários o controle sobre seus dados, a tecnologia web3 possibilitará maior segurança e privacidade do que a atual versão, proporcionando uma comunicação mais transparente entre os dispositivos e sem interrupções do serviço.
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